sábado, 7 de março de 2015

Vinho, de mulher para mulheres

A reunião da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba é uma agradável surpresa. Entramos no décimo ano de nossa fundação e sempre com reuniões mensais. Bons goles e boas conversas sobre vinhos. A cada reunião o comando é de responsabilidade de uma das confreiras, o que gera sempre uma grande expectativa. Afinal, é normal querer superação.

Em fevereiro o comando ficou sob a responsabilidade da confreira Marlene Beck, que escolheu o tema “Tributo às Mulheres”.


O local foi a bonita e elegante loja da importadora Zahil, localizada na Av. Sete de Setembro, 6460, onde fomos recepcionados pela simpática Aline, que também ajudou na condução dos trabalhos.
Os vinhos escolhidos foram da Casa Marin, da empresária e enóloga Mariluz Marin, um dos nomes mais fortes da vitivinicultura do Chile – por sua persistência e audácia na criação de uma vinícola em condições extremas, pelo pioneirismo e investimento sério em uma área pouco explorada, por migrar da produção de vinhos de volume a cuidadosa elaboração de micro-cuvées de alta qualidade.
Iniciamos o encontro em mesa redonda, com tampo sobreposto, que trazia uma variedade de queijos e embutidos para harmonização.

O primeiro vinho foi o Casona Gewütraminer – safra 2013 -, da região San Antonio. Produzido em solo argiloso, vinho jovem, intenso e aromático, lembrou um pouco de anis e frutas frescas. Na boca é refrescante e delicado. Final agradável. Elogiado por todo o grupo. Com 14% de teor alcóolico.

Em seguida degustamos o Cipreses Sauvigon Blanc – safra 2013 -, 13,% de graduação; vinho de bela cor amarela com reflexos esverdeados. Aroma mineral e cítrico. Elegante e delicado. Segundo Aline, Cipreses é o vinho que está se tornando o ícone da Sauvignon Blanc no Chile. Lembrou que a  uva Sauvignon Blanc é a estrela em San Antonio e, muito, graças aos vinhos da Casa Marin. Da parte alta de um morro constantemente assolado pelo vento frio nascem os vinhos que são frutos de trabalho minucioso. Profundos, de acidez pungente e sabores minerais e florais marcantes.

Depois foi a vez do Lo Abarca Pinot Noir – safra 2009-, com 15% de teor alcóolico, um vinho de cor rubi com traços violáceos. Lindo na taça e melhor ainda na boca. Elegante e equilibrado, de intensidade média. Taninos finos, acidez correta. Deixa impressão agradável na boca. Não consegui ser precisa na análise do aroma, mas gostei. Para algumas das companheiras lembrou mostarda, para outras frutas maduras.

O quarto vinho foi o Miramar Syrah – safra 2010-, com 12% de graduação alcóolico. Vinho redondo e gostoso, ganha intensidade com tempo no copo. Boa concentração de cor e aroma. A safra de 2006 ganhou 92 pontos de Robert Parker.

Encerramos com o Parinacota – safra 2009 -, da vinícola Volcanes de Chile, localizada na Região do Maule.  Elaborado com 85% de Syrah e 15% de Carignan é um tinto levemente encorpado, que esteve 15 meses em barrica de madeira. Vinho redondo, boa acidez. É o tipo de vinho fácil de gostar e também de beber, sedoso e com final dos mais agradáveis. Para mim deixou, na boca, uma sensação gostosa e duradoura.

Fotos MG.

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