A reunião da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba é
uma agradável surpresa. Entramos no décimo ano de nossa fundação e sempre com reuniões
mensais. Bons goles e boas conversas sobre vinhos. A cada reunião o comando é
de responsabilidade de uma das confreiras, o que gera sempre uma grande expectativa.
Afinal, é normal querer superação.
Em fevereiro o comando ficou sob a responsabilidade da confreira Marlene Beck, que escolheu o tema “Tributo às Mulheres”.
O local foi a bonita e elegante loja da importadora
Zahil, localizada na Av. Sete de Setembro, 6460, onde fomos recepcionados pela
simpática Aline, que também ajudou na condução dos trabalhos.
Os vinhos escolhidos foram da Casa Marin, da
empresária e enóloga Mariluz Marin, um dos nomes mais fortes da vitivinicultura
do Chile – por sua persistência e audácia na criação de uma vinícola em
condições extremas, pelo pioneirismo e investimento sério em uma área pouco
explorada, por migrar da produção de vinhos de volume a cuidadosa elaboração de
micro-cuvées de alta qualidade.
Iniciamos o encontro em mesa redonda, com tampo
sobreposto, que trazia uma variedade de queijos e embutidos para harmonização.
O primeiro vinho foi o Casona Gewütraminer – safra
2013 -, da região San Antonio. Produzido em solo argiloso, vinho jovem, intenso
e aromático, lembrou um pouco de anis e frutas frescas. Na boca é refrescante e
delicado. Final agradável. Elogiado por todo o grupo. Com 14% de teor
alcóolico.
Em seguida degustamos o Cipreses Sauvigon Blanc –
safra 2013 -, 13,% de graduação; vinho de bela cor amarela com reflexos
esverdeados. Aroma mineral e cítrico. Elegante e delicado. Segundo Aline, Cipreses
é o vinho que está se tornando o ícone da Sauvignon Blanc no Chile. Lembrou que a uva Sauvignon Blanc é a estrela em San
Antonio e, muito, graças aos vinhos da Casa Marin. Da parte alta de um morro
constantemente assolado pelo vento frio nascem os vinhos que são frutos de trabalho
minucioso. Profundos, de acidez pungente e sabores minerais e florais
marcantes.
Depois foi a vez do Lo Abarca Pinot Noir – safra
2009-, com 15% de teor alcóolico, um vinho de cor rubi com traços violáceos.
Lindo na taça e melhor ainda na boca. Elegante e equilibrado, de intensidade
média. Taninos finos, acidez correta. Deixa impressão agradável na boca. Não
consegui ser precisa na análise do aroma, mas gostei. Para algumas das
companheiras lembrou mostarda, para outras frutas maduras.
O quarto vinho foi o Miramar Syrah – safra 2010-, com
12% de graduação alcóolico. Vinho redondo e gostoso, ganha intensidade com
tempo no copo. Boa concentração de cor e aroma. A safra de 2006 ganhou 92
pontos de Robert Parker.
Encerramos com o Parinacota – safra 2009 -, da
vinícola Volcanes de Chile, localizada na Região do Maule. Elaborado com 85% de Syrah e 15% de Carignan
é um tinto levemente encorpado, que esteve 15 meses em barrica de madeira.
Vinho redondo, boa acidez. É o tipo de vinho fácil de gostar e também de beber,
sedoso e com final dos mais agradáveis. Para mim deixou, na boca, uma
sensação gostosa e duradoura.
Fotos MG.
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