domingo, 22 de março de 2015

Villaggio Bassetti degustando e aprendendo

No competitivo mercado de vinho sempre aparece novidade. E das boas. É o caso da vinícola Villaggio Bassetti, localizada em São Joaquim (SC). "Para ter sucesso, não basta ter controle da qualidade das uvas nos vinhedos, é preciso ter controle total da transformação da uva em vinho. É atualizar a tecnologia", disse José Eduardo Bassetti, sócio-diretor da vinícola, em recente jantar realizado no Mukeka Cozinha Brasileira com apresentação dos vinhos de atitude.

Há 10 anos a vinícola Villaggio Bassetti aprimora sua produção de vinhos de altitude com tecnologia de ponta e equipe altamente especializada. Para o enólogo da marca, Anderson De Cesário, essa tecnologia é parte de extrema importância no processo de fabricação da bebida.

A vinícola produz atualmente cinco rótulos com produção média de 30 mil garrafas/ano. A primeira vista parece um número pequeno. Mas não é. Ela já ganhou referência em "vinhos de boutique". São eles: Donna Enny, Primiero, Sauvignon Blanc, Rosé e Montepioli.
Iniciamos com o Rosé - 50% de Pinot Noir e Merlot, colheita seletiva, prensagem direta. Vinho macio, boa acidez, de bonita coloração salmão rosácea. Boa persistência. Na boca, deixa uma sensação gostosa. (R$ 55).




Depois foi a vez do Sauvignon Blanc, elaborado com 100% da uva Sauvignon Blanc. Equilibrado, acidez mais do que agradável. Aroma maravilhoso. Na boca, mostra toques minerais e cítricos. Final elegante. (R$ 59).
Em seguida degustamos o Donna Enny, vinho com garrafas numeradas a mão. Elaborado 100% de uva Sauvignon Blanc. Aroma potente, boa concentração de sabor. Vinho com estrutura para guarda. Taninos firmes. O nome é uma homenagem à pessoa que uniu as famílias Pioli e Bassetti, em 1950. É uma das grandes apostas da vinícola.(R$ 95).



Outra boa surpresa foi o tinto Montepioli, elaborado com uva Merlot e Cabernet Sauvignon. Um vinho cujo charme vai sendo descoberto aos poucos. Aromas complexos e a boa estrutura evidencia o acerto deste corte, aliado à longa evolução em barris de carvalho francês.(R$ 59).
Encerramos com o Primiero elaborado com Cabernet Sauvignon. Poucas garrafas. De bonita coloração grená, herdou da Serra Catarinense o frescor e os aromas típicos de amêndoas e pinhões. Relativamente potente, melhor ainda quando decantado. O tipo do vinho que não enjoa. (R$ 115).

Depois dos vinhos foi oferecido jantar onde os convidados ficaram à vontade para fazer a harmonização. O cardápio, elaborado pelo chef Ivan Lopes (comandante das panelas do Mukeka) trazia opções para entrada, prato principal e sobremesa.
De entrada, optei pelo Siri catado com banana da terra e chips de mandioca. Harmonizei com o Donna Enny. O toque mineral do vinho fez um casamento perfeito com a banana da terra e o siri.
Como prato principal escolhi o Ravióli da roça – massa muito leve, recheada com queijo de cabra e maçã verde, e quiabo ligeiramente grelhado. Adorei. Harmonizei com o Montepioli, outra grande acertada de minha parte. Vinho potente, bem estruturado, foi muito bem com a massa.
A Cocada de forno com baba de moça foi minha opção para sobremesa, harmonizada com o vinho o Rosé. Bom demais.

DICA: A Vinícola Villaggio Bassetti fica na Rodovia SC 114km 64 – São Joaquim (SC), 
além de estar preparada para atender vendas diretas ao consumidor final, é aberta para visitas guiadas. É necessário agendamento prévio e aos finais de semana é possível agendar almoço com cozinha regional e harmonização com os vinhos da casa. Abre de terça-feira a domingo, das 9h às 12h e das 13h às 17h. Fone (49) 9182-8862 ou atendimento@villaggiobassetti.com.br

Fotos Marian Guimarães.

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