No competitivo mercado de vinho sempre aparece
novidade. E das boas. É o caso da vinícola Villaggio Bassetti, localizada em
São Joaquim (SC). "Para ter sucesso, não basta ter controle da qualidade
das uvas nos vinhedos, é preciso ter controle total da transformação da uva em
vinho. É atualizar a tecnologia", disse José Eduardo Bassetti,
sócio-diretor da vinícola, em recente jantar realizado no Mukeka Cozinha
Brasileira com apresentação dos vinhos de atitude.
Há 10 anos a vinícola Villaggio Bassetti
aprimora sua produção de vinhos de altitude com tecnologia de ponta e equipe
altamente especializada. Para o enólogo da marca, Anderson De Cesário, essa
tecnologia é parte de extrema importância no processo de fabricação da bebida.
A vinícola produz atualmente cinco rótulos com
produção média de 30 mil garrafas/ano. A primeira vista parece um número
pequeno. Mas não é. Ela já ganhou referência em "vinhos de boutique".
São eles: Donna Enny, Primiero, Sauvignon Blanc, Rosé e Montepioli.
Iniciamos com o Rosé - 50% de Pinot Noir e
Merlot, colheita seletiva, prensagem direta. Vinho macio, boa acidez, de bonita
coloração salmão rosácea. Boa persistência. Na boca, deixa uma sensação
gostosa. (R$ 55).
Depois foi a vez do Sauvignon Blanc, elaborado com 100% da uva Sauvignon Blanc. Equilibrado, acidez mais do que agradável. Aroma maravilhoso. Na boca, mostra toques minerais e cítricos. Final elegante. (R$ 59).
Em seguida degustamos o Donna Enny, vinho com
garrafas numeradas a mão. Elaborado 100% de uva Sauvignon Blanc. Aroma potente,
boa concentração de sabor. Vinho com estrutura para guarda. Taninos firmes. O nome é uma
homenagem à pessoa que uniu as famílias Pioli e Bassetti, em 1950. É uma das
grandes apostas da vinícola.(R$ 95).
Outra boa surpresa foi o tinto Montepioli, elaborado com uva Merlot e Cabernet Sauvignon. Um vinho cujo charme vai sendo descoberto aos poucos. Aromas complexos e a boa estrutura evidencia o acerto deste corte, aliado à longa evolução em barris de carvalho francês.(R$ 59).
Encerramos com o Primiero elaborado com
Cabernet Sauvignon. Poucas garrafas. De bonita coloração grená, herdou da Serra
Catarinense o frescor e os aromas típicos de amêndoas e pinhões. Relativamente potente,
melhor ainda quando decantado. O tipo do vinho que não enjoa. (R$ 115).
Depois dos vinhos foi oferecido jantar onde os
convidados ficaram à vontade para fazer a harmonização. O cardápio, elaborado pelo chef Ivan Lopes
(comandante das panelas do Mukeka) trazia opções para entrada, prato principal
e sobremesa.
De entrada, optei pelo Siri catado com banana
da terra e chips de mandioca. Harmonizei com o Donna Enny. O toque mineral do
vinho fez um casamento perfeito com a banana da terra e o siri.
Como prato principal escolhi o Ravióli da roça
– massa muito leve, recheada com queijo de cabra e maçã verde, e quiabo
ligeiramente grelhado. Adorei. Harmonizei com o Montepioli, outra grande
acertada de minha parte. Vinho potente, bem estruturado, foi muito bem com a
massa.
A Cocada de forno com baba de moça foi minha
opção para sobremesa, harmonizada com o vinho o Rosé. Bom demais.
DICA: A Vinícola Villaggio Bassetti fica na
Rodovia SC 114km 64 – São Joaquim (SC),
além de estar preparada para atender
vendas diretas ao consumidor final, é aberta para visitas guiadas. É necessário
agendamento prévio e aos finais de semana é possível agendar almoço com cozinha
regional e harmonização com os vinhos da casa. Abre de terça-feira a domingo,
das 9h às 12h e das 13h às 17h. Fone (49) 9182-8862 ou atendimento@villaggiobassetti.com.br
Fotos Marian Guimarães.
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