quarta-feira, 28 de novembro de 2018

O Lago dos Cisnes contemporâneo       

O Balé Teatro Guaíra apresenta uma nova temporada de O Lago dos Cisnes entre os dias 7 e 9 de dezembro. O espetáculo é um dos maiores sucessos da história do BTG - no primeiro semestre 13 mil espectadores assistiram à montagem, que teve duas sessões extras e todos os ingressos vendidos antecipadamente. As apresentações terão participação da Orquestra Sinfônica do Paraná.
O Lago dos Cisnes, clássico do balé mundial, conta a história de amor entre o príncipe Siegfried e a princesa Odette, transformada em cisne por um bruxo. Esse enredo é apresentado pelo BTG com linguagem contemporânea e os bailarinos interpretam dilemas atuais, como os conflitos da entrada na vida adulta e o relacionamento entre pais e filhos. Para criar os fortes personagens do espetáculo e executar a coreografia com perfeição foram necessários cinco meses de ensaios, cerca de 600 horas.   
"As lendas que inspiraram essa história são cheias de reviravoltas e enigmas. Há aqui uma simbologia sobre o amadurecimento, a busca pela autonomia e formação da personalidade. Inicialmente Siegfried é dominado pela mãe, mas encontra no amor forças para seguir seu próprio caminho", conta o diretor do espetáculo e coreógrafo Luiz Fernando Bongiovanni.

Cíntia Napoli, diretora do BTG, afirma que O Lago dos Cisnes é o clássico mais popular da história da dança em função de sua riqueza narrativa e genialidade da composição de Tchaikovsky. "O Balé Teatro Guaíra traz a força dessa tradição, mas com uma visão atualizada. O espectador é protagonista. O público se identifica com o drama de cada personagem, é capaz de viver a história".

Mônica Rischbieter, diretora presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra, explica que antes de O Lago dos Cisnes, o BTG fez outras montagens populares, como Carmen, Romeu e Julieta e Cinderela. Essa foi a estratégia adotada para democratizar o acesso  à cultura e incentivar a formação de plateia."Somos um teatro público e trabalhamos com a ideia do encantamento. Queríamos que as pessoas se reconhecessem nas nossas produções".

Em cena, o público verá 23 bailarinos e 61 músicos. 200 pessoas estão envolvidas na montagem, que conta com efeitos especiais: a equipe do teatro faz chover no palco do Guairão. Cleverson Cavalheiro, diretor artístico do CCTG, diz que os técnicos trabalharam em conjunto com diretor e bailarinos. "Há efeitos especiais contemporâneos, mas sem perder o conflito e a humanidade. É um espetáculo muito complexo tecnicamente, que envolve muitas pessoas". Cavalheiro conta que, por exemplo, no dia das apresentações, 20 técnicos - quase um por bailarino - ficam nos bastidores para fazer a movimentação cênica. "Sem essa estrutura, o espetáculo não acontece".

O Lago dos Cisnes tem direção de arte de William Pereira e regência do mastro Luiz Gustavo Petri. As apresentações serão no auditório Bento Munhoz da Rocha Netto, o Guaírão. -
Fotos Cayo Vieira.

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