Convite de sonho é a melhor expressão ao que recebi, das importadoras Porto a Porto e Casa Flora: conhecer vinícolas
de Portugal e Espanha. Mesmo com o voo atribulado que tivemos para Lisboa,
resolvido os problemas, nada impediu o bom humor do grupo - 16 pessoas -
batizado “Roteiro Vinícolas” no Whats App.
Se para chegar até Lisboa ocorreram
transtornos, depois foi só boa comida, bons vinhos e muito aprendizado.
Anfitriões impecáveis nos presentearam desde o gracioso dragão da sorte da
região do Minho ao CD da Banda Musical - Casa do Povo de Tangil; gracioso e
útil avental do Museu de Olaria – onde todos colocaram a mão no barro, passeio
de barco, rafting (que não fiz) e vinho personalizado.
Meu agradecimento aos novos amigos
portugueses e as importadoras Porto a Porto e Casa Flora.
Chegamos num domingo pela manhã em
Lisboa e fomos para o vilarejo de Reguengos de Monsaraz, direto ao hotel Solar
Alqueva, o primeiro de muitos que ficaríamos
hospedados dali para frente. Tínhamos programação às 12h-, mas os
quartos só seriam liberados a partir da 15hs. O hotel estava com 96% de
ocupação (era um fim de semana seguido de feriado), mesmo assim a atenciosa
recepcionista conseguiu algumas acomodações, diante da cara de desânimo do
grupo. Aproveitei para fazer o tradicional reconhecimento de área.
A primeira visita de “trabalho” foi na
Adega Carmim – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz -, com prova de
vinho seguido de almoço. A cooperativa, localizada no coração do Alentejo foi
formada em 1971, por um grupo de 60 viticultores. Atualmente possui cerca de
900 associados.
Fomos ciceroneados por Helena Godinho, da
equipe de enologia da Adega Carmim, tivemos oportunidade de conhecer o processo
de fabricação e os imensos tonéis utilizados para elaboração dos vinhos. Na
foto, também o companheiro Thiago Torres atento às explicações.
Pela primeira vez experimentei vinho
fermentado em estado bruto. Ainda não foram feito os cortes. Posteriormente
será trabalhado para depois ir ao mercado. Interessante. O gosto nem tanto.
Valeu aprender. Degustamos uma série de outros vinhos onde aroma e sabor se identificavam mais leve, intenso,
equilibrado, assim por diante.
Em seguida foi oferecido almoço em seu
bonito restaurante. Prevaleceram delícias da comida regional, como porco
defumado assado envolto em papel laminado. Muito sutil, desmanchava na boca. A
harmonização foi com o tinto Reguengos Alentejo DOC – Reserva dos Sócios. Um
vinho potente, concentrado, taninos nada agressivos. Simplesmente maravilhoso,
entre outros que chegam ao Brasil pelas importadoras Porto a Porto e Casa
Flora.
Na Taverna fomos recepcionados pela proprietária Helena Calado, uma simpática portuguesa que não rejeitou em dar a receita do sugestivo prato Bochecha de porco assado, elaborado com tomilho, batatas e abóbora. Bem temperado e sem enfeites.
Outra delícia foi o polvo grelhado com alho. Adoro polvo e não me fartei em repeti-lo. Os vinhos eram muitos. Optei pelo Monsaraz - Reserva 2014. Aroma potente, muita classe, combinou bem com os pratos.
Na Taverna “Os Templários”, esqueça o pecado da gula. De sobremesa: Bolo Rançoso que de rançoso não tinha nada. Feito com ovos e amêndoas, acompanhava ameixa preta da rainha Cláudia. E mais, o pudim de queijo de ovelha, para mim, deixou na boca o gostinho de quero mais. Quanto aos vinhos em Portugal não tenha dúvidas, todos são ótimos.
“Os Templários” tem dois ambientes. Agradável e charmoso, aliando a descontração medieval. Abre de terça a domingo, a partir das 11h30, tem capacidade para 55 pessoas.
No dia seguinte a visita começou na
Olaria Patalim Pottery, junto ao Museu da Olaria, em São Pedro do Corval. Os
mais animados colocaram a mão no barro. Fizemos delicados objetos. A sensação
foi tão gostosa que estou até animada em fazer curso de cerâmica no Centro de
Criatividade, em Curitiba.
Pela primeira vez também estive frente
a frente com uma oliveira carregada de frutos. Apanhei alguns frutinhos
viçosos. Avisaram que in natura era
amargo. Mesmo assim provei. É horrível.
Em seguida fomos à fortaleza medieval
e mais recordações. É um dos lugares que deve entrar no “passaporte do turista”. Você está em
Portugal e tem a visão da Espanha. Sentada em um dos bancos em Portugal olhei para a Espanha (como em
anos passados); e meu gesto da felicidade, marca registrada dos bons momentos.
O almoço foi no acolhedor restaurante Sabores
de Monsaraz localizado numa baixada perto do castelo. Vinhos incomparáveis e
comida compromissada com a autenticidade dos sabores que tem como principal
apelo à qualidade dos ingredientes
O tradicional Borrego, prato consagrado no Alentejo preparado com cordeiro teve a perfeita harmonização com o Monsaraz Reserva 2014, vinho para entrar na adega dos enófilos. Muito bom.
O tradicional Borrego, prato consagrado no Alentejo preparado com cordeiro teve a perfeita harmonização com o Monsaraz Reserva 2014, vinho para entrar na adega dos enófilos. Muito bom.
O restaurante A Moira, do chef Luís
Leitão, foi o local escolhido pelos diretores da Adega Carmim para o jantar de
despedida. Requinte e elegância em
parceria com a boa comida, aliada aos excelentes vinhos como o tinto Reguengos
– Alentejo DOC 2010, entre outros.
Fiz uma rápida investida na cozinha, me encantei com o jeito simples e fala mansa, do chef Luís que juntamente com sua mulher tocam o restaurante. Contou que gosta de descobrir variantes de um mesmo prato, num trabalho artesanal, na criatividade e nos produtos locais.
O simpático e animado grupo era formado por profissionais da Porto a Porto e Casa Flora: Gilza Severo, Gerson Foltran Jr., Roberta Chies, Taís Carvalhal, João Pensin, Evandro Giacobbo, Camila Podolak, Thiago Torres, Rodrigo Correia de Oliveira, Juliana Costa Mickbah, Gustavo Carvalhal, Marcio Barbieri, a blogueira Márcia Toccafondo, as jornalistas Simone Meirelles, Elis Cabanilhas Glaser e eu (Marian Guimarães).
Agradecimento aos engenheiros Miguel
Feijão (presidente da Adega Carmim), Rogerio Carreteiro (vice-presidente),
Filipe Francisco (vogal da diretoria), Elsa Lourinho e Cidália Rocha (ambas do
Dep. Internacional) e toda equipe.
Em Reguengos de Monsaraz boa opção de hospedagem é Hotel Solara de
Alqueva – Rua São Marcos do Campo, 22A.
Atendimento atencioso, café da manhã incluso, tem estacionamento. Diária
cerca de 50 euros/casal.
”Ser feliz é deixar viver a criatura que vive em cada um
de nós, livre, alegre e simples”. (Papa Francisco)
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