Dizer que o primeiro impacto na boca é “cheguei”; que é potente e complexo com aroma de frutas cítricas evidentes e que desce redondo, é muito pouco para tamanho refinamento.
A Vinícola Gramona fica aos pés da cordilheira de Montserrat, à beira do Mediterrâneo e no coração de Penedès (próximo de Barcelona). É a região mais célebre para a produção de Cava, espumante que deve obedecer a algumas regras para sua certificação.
Visitei a nova Bodega “Celler Batle” da Gramona, conheci o processo de vinificação e armazenamento em barricas e tonéis, caminhei pelos vinhedos e degustei num dos espaços ao ar livre da vinicola, os Cava Gramona Xarello Roent, Ovum e o Font Jui. Vinhos elegantes e de bom corpo. Refrescantes e envolventes.
Conheci a Cave Histórica da Gramona. Percorri subterrâneos cheios de histórias, contadas de forma apaixonante pelo Sr. Xavier Gramona, quinta geração da bonita vinícola.A cada passo, na penumbra, admiração pelas caves entre detalhes que não passavam despercebidos.
Em um dos momentos dessa caminhada, o Sr. Xavier Gramona nos mostrou - eu estava num grupo de profissionais da Porto a Porto e Casa Flora-, o processo de “remouage” - eliminação das impurezas resultantes da segunda fermentação. Explicou que as impurezas são retiradas, a partir da técnica “dégorgement”, congelamento do gargalo. É, então, que a garrafa é completada e recebe a rolha definitiva. Muito aprendizado.
Quanto a Cava Gramona (elaborada pelo método clássico de champenoise), tem cada garrafa embalada, cuidadosamente, uma a uma. Processo que funcionárias realizam cerca de 800/dia.
Após conhecer toda estrutura fomos brindados com belíssimo almoço elaborado pelo atencioso chef Ferran Caparros que permitiu visita à cozinha. A cada prato servido a explicação de sua composição.
Começamos com uma deliciosa entrada de bacalhau e caviar e terminamos com um suculento Arroz de Montaña.
O ravióli de cogumelo e vieira com molho de amendoim com vieras foi harmonizado com o Gramona Imperiall 2011 elaborado com as castas Xarello, Macabeo e Chardonnay. Acidez elegante e sabor cremoso, com final de boca apresentando características de frutas secas e leveduras. É o carro chefe da Gramona. Com 11.5% de teor alcoólico. Simplesmente para não esquecer.
A sobremesa de frutas com água de rosas e sementes de gergelim foi harmonizada com Gramona Vi de Glass Gewürtztraminer 2011. Cá entre nós, personalidade única. Vinho doce, feito de uvas maduras, parcialmente congeladas. Doçura nada enjoativa e na taça apresentou evolução surpreendente. Boa indicação para sobremesas.
Aqui o último registro do grupo “Roteiro Vinícolas” que teve como hino oficial “Faroeste Caboclo” e grito de guerra “vai Curinthia”. Da esq./dir: Gustavo Carvalhal, sr. Xavier, Elis Cabanilhas Glaser, Evandro Giacobbo, Marcia Tocaffondo, Camila Podolak, Thiago Torres, Thais Carvalhal, Simone Meirelles, eu (Marian Guimarães), Gerson Foltran, João Pensin, Juliana Mickbah, Rodrigo Correia de Oliveira, Roberta Chies e Marcio Barbieri
A noite de nossa despedida foi no Restaurante Monvinic, em Barcelona. A simpática Linda (da equipe da Gramona) foi nossa anfitriã. Antecedendo ao jantar foi realizada uma palestra com o sommelier Cesar Canovas abordando parte da história e evolução do vinho.
Os vinhos servidos.....foram todos: Gramona Le Cuvée Brut Resrva 2012, Imperial Brut Gran Reserva 2011, Argent Gran Reserva Brut 2011, III Lustros Gran Reserva Brut Nature 2007,Ceer Batlle Reserva Brut 2006, Enoteca Gran Reserva Brut 2001 e Vi de Gas Gewürztraminer 2011.
As fotos já dizem tudo e essas só foram as entradas, para começar.
Como jornalista vive atrás da notícia, aqui vai uma quente: a Cava Gramona La Cuvée 2012 acaba de chegar ao Brasil. É uma combinação das uvas Xarel-lo (70%) e Macabeo (30%) colhidas manualmente de vinhedos orgânicos – o vinho se orgulha do certificado de produção orgânica. Chega através das importadoras Porto a Porto e Casa Flora.Uau...
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