quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Releitura da obra “No Exílio” de João Turim

 

Em 21 de setembro (quinta-feira) serão comemorados os 145 anos do nascimento de João Turin (1878-1949), considerado o maior escultor animalista do Brasil, precursor da arte escultórica no Paraná e um dos criadores do movimento artístico e cultural conhecido como Paranismo.

Em Curitiba, cidade onde Turin passou a maior parte de sua vida, será realizado um evento comemorativo, com inauguração da releitura da obra “No Exílio” em bronze, que fará parte do maior jardim de esculturas público do Brasil, no Memorial Paranista. O acontecimento será às 11h, no aniversário de nascimento do autor, em 21 de setembro. 


Desta forma, a obra passa a integrar o acervo da exposição permanente do Memorial Paranista, um espaço dedicado ao movimento artístico e cultural Paranismo, que Turin ajudou a criar há 100 anos, em 1923, para enaltecer a identidade paranaense por meio de seus símbolos (como o pinheiro, o pinhão, a erva-mate e de outros elementos típicos) que foram empregados nas artes e na arquitetura.

Resgate de uma obra perdida

Durante os 15 anos em que viveu na Europa, João Turin realizou diversas obras. No entanto, parte dos trabalhos produzidos naquele período não puderam ser trazidos ao Brasil e foram perdidos. Foi o caso de “No Exílio”, primeira escultura de grandes proporções feita pelo artista, concebida em Bruxelas e premiada com Menção Honrosa na Feira dos Artistas Franceses em 1912.

Em 2013 conseguimos localizar a obra perdida de João Turin ‘Pietá’ em uma cidade da França. Fizemos uma busca também por ‘No Exílio’. Durante muito tempo procuramos por essa obra tanto em Bruxelas quanto em Paris, onde ele residiu, mas não conseguimos localizar. Por sugestão do pesquisador Maurício Appel, convidamos a artista Luna do Rio Apa para fazer uma releitura”, afirma Samuel Ferrari Lago, um dos gestores da obra de João Turin.

Luna do Rio Apa realizou a releitura em argila, a partir de fotografias de época, resultando em uma imponente escultura com 2,70m de altura e mais de 300 quilos. Em um segundo momento, o escultor Edson de Lima fez a moldagem para produção da escultura em gesso pedra. A última etapa foi a fundição em bronze, através de uma parceria em que a Família Ferrari Lago cedeu o molde em silicone para a Prefeitura de Curitiba/FCC, para que esta pudesse fundir a escultura, que será incorporada ao acervo municipal da cidade. 

Toda a produção foi feita no Atelier de esculturas do Memorial Paranista, administrado pela prefeitura. - Foto divulgação

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