segunda-feira, 15 de junho de 2020

Vinhos Marques de Casa Concha y Toro


Dia desses participei on line de um bate papo com o enólogo Marcelo Papa, diretor técnico da Vinícola Concha Y Toro e responsável pelos vinhos Marques de Casa Concha y Toro. Na realidade eu fiquei mais observando. os outros participantes conheciam tanto sobre a vinicola chilena e seus vinhos que preferi ficar aprendendo. E aprendi muito. De inicio Marcelo Papa vez um relato entusiasmado sobre a atual posição da vinícola agradecendo a natureza. Comentou que a colheita em 2020 foi um presente dos céus na elaboração dos vinhos da Concha Y Toro.

Segundo o enólogo, graças ao atípico clima quente e seco que marcou a safra, adiantando a maturação das uvas, o avanço do Covid -19 chegou em um momento em que a colheita já havia sido realizada, embora, normalmente a safra não termine antes de maio. No dia 31 de março, por exemplo, a vinícola já tinha cerca de 70% das uvas colhidas. Marcelo contou que em um ano normal, tem-se cerca de 30% das uvas colhidas nos vinhedos.

Em Limarí (ao norte de Santiago), a colheita aconteceu em datas próximas à de 2019. As variedades mais importantes foram colhidas por volta dos dias 15 a 20 de fevereiro, antes da chegada do coronavírus ao Chile. Entre os desafios, as viagens reduzidas e medidas para reduzir o contato entre as equipes.Já no que tange à maturidade fenólica, esta foi bem avançada e bastante alinhada com a maturidade alcoólica.

“Estamos muito felizes com a qualidade alcançada e podemos dizer que esta colheita será melhor que a de 2019, principalmente em Limarí e Maipo. O mais difícil de tudo foi o cuidado e a preocupação com as pessoas e saber tomar as decisões certas para proteger a saúde de todos. Não tenho dúvidas de que, com tudo isso, tiraremos muitas lições, técnicas e humanas”, disse Marcelo Papa, lembrando que a empresa tomou todas as precauções para proteger funcionários e a continuidade das operações. 

Além dos cuidados nas vinícolas, foram realizadas medidas de higienização preventivas nas instalações, fornecimento de equipamentos de proteção e recursos para os trabalhadores, salvaguardas especiais para grupos de risco, planos de trabalho online e flexibilidade de mão-de-obra. E todos mantiveram-se muito atentos às indicações do governo e da Organização Mundial da Saúde. Devido ao fato de a maioria das vinícolas da Cocha Y Toro estar longe das grandes cidades, o risco de contaminação foi menor, já que o vírus se propaga mais nitidamente nos grandes centros urbanos.

Sobre as regiões e vinhedos que se destacaram, o enólogo sinaliza o norte, especificamente o vale de Limarí, onde o clima mostrou-se muito semelhante à safra 2018, em termos de radiação solar, luminosidade e temperatura, ano aliás, com características notáveis. Limarí, portanto, se destacou produzindo ótimos Chardonnay e Pinot Noir. 

Na zona central, vale do Maipo, berço dos Cabernet Sauvignon, notou-se também um desenvolvimento precoce das vinhas. Em geral, a colheita alí é concluída em meados de maio, mas este ano foi quase um mês antes. No vale do Rapel, as Carmenere também apontaram colheita antecipada, com o clima igualmente mais quente. No Maule, mais próximo à Cordilheira dos Andes, e mais afastado do mar, não chegou-se a ter uma temperatura tão quente quanto à colheita de 2017, repetindo-se ali também a antecipação de 3 semanas, em comparação aos outros anos.

Sobre Marcelo Papa e os vinhos Marques de Casa Concha
Super-premiado e diretor técnico da Concha Y Toro, Marcelo Papa está à frente dos vinhos Marques de Casa Concha há mais de dez anos. Foi enólogo do ano em 2004 pelo Guide to Chilean Wine, e em 2007, pela Chilean Circle of Wine Writers e Chilean Food and Wine Association. Em 2019 conquistou novamente a posição de melhor enólogo do ano pelo Chile Special Report do Tim Atkin.

Desde sua criação, Marques de Casa Concha tem sido amplamente reconhecido pela imprensa internacional e conquistado menções por 5 vezes na lista dos 100 melhores vinhos do mundo pela Wine Spectator. São vinhos fiéis à expressão de origem e variedade, e que representam a diversidade de terroirs do Chile. 

Experimentar novas técnicas de vinificação e manter o espírito inovador da marca, somando-se à habilidade de dar aos vinhos personalidade e sentido de origem, é o que move o enóogo Marcelo Papa a criar rótulos excepcionais, e o que faz dele um dos profissionais mais reconhecidos e respeitados do Chile. 

Marques de Casa Concha Chardonnay
O Marques de Casa Concha Chardonnay é produzido no Vinhedo Quebrada Seca, em Limarí, Chile, a somente 22 quilômetros do oceano Pacífico, na margem norte do rio Limarí. Os solos são argilosos e ricos em carbonato de cálcio; as temperaturas são frias e as manhãs nebulosas, o que permite que a fruta amadureça lentamente e sejam obtidos, por fim, vinhos mais frescos.  

Com potencial de guarda até 2023 o vinho tem coloração amarel-claro. É um vinho complexo, elegante e vibrante, que proporciona sabores de pera branca com notas minerais e notas de avelãs torradas. Profundamente concentrado, com uma textura sedosa e camadas de pera e figo maduro, além de sabores minerais, final longo e vibrante. Harmoniza bem com Mariscos e peixes em molhos com manteiga, queijo ou creme; carnes brancas como coelho, peru, porco ou aves de caça; pratos leves à base de legumes ou grãos; curries suaves à base de leite de coco; ravióli, lasanha e polenta com molhos brancos.

Marques de Casa Concha Chardonnay Carmenere
Este Carmenere provem de seu tradicional vinhedo de Peumo no vale de Cachapoal, localizado em antigas terras no lado norte do rio Cachapoal. De produção limitada ficou guardado por 16 meses em barrica francesa. De aroma intenso e elegante apresenta frutas negras e maduras, especiarias e pimenta negra, evocando nitidamente o terroir de Peumo.Um vinho de taninos doces e redondos apresentando final longo e nada agressivo. Adorei. Harmoniza muito bem com carnes vermelhas, massas com molhos substanciais e até com pinhão, porque foi assim que degustei enquanto ouvia as considerações do enólogo e de outros participantes. - Fotos divulgação.,

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