Os
Restaurantes Victor acabam de anunciar o fechamento definitivo do
Bistrô do Victor que funcionava no ParkGourmet, do
ParkShoppingBarigüi, desde dezembro de 2008. “Desde o final do ano
passado, vínhamos estudando o desempenho de nossas embarcações e
considerando a possibilidade de encerrar as atividades do bistrô
para concentrar mais força nas embarcações de rua, especialmente
por questões de custos operacionais. Tomamos essa decisão nesse
momento para estarmos prontos para a retomada, após esse período de
distanciamento social”, sinalizou
Francisco
Urban, CEO do grupo.
O
Bistrô do Victor já estava fechado desde o último dia 20 de março,
quando os shoppings da cidade foram fechados por recomendações
decretadas pelas autoridades públicas. “Aproveitamos essa parada
para descontinuar a operação, cuidando das questões funcionais,
contratuais, estruturais e legais. Fechar um restaurante é sempre
uma tarefa difícil, mas estamos seguros com a decisão e certos de
que sairemos da atual crise mais fortalecidos e prontos para
continuar atendendo nossos clientes no Bar do Victor, na Petiscaria
do Victor e na Praça do Victor”, enfatiza Urban.
Esta
é a segunda operação em shopping que o Grupo fecha. A primeira foi
o Fish’n’Chips Victor, na praça de alimentação do Shopping
Mueller. “Apesar de todas as vantagens que um shopping oferece, os
custos dessas operações são muito maiores, especialmente porque
funcionam de segunda a domingo, para almoço e jantar. Isso sempre
acaba pesando no plano de negócios”, explica o CEO do grupo.
Parte
da equipe do Bistrô do Victor foi absorvida pela Praça do Victor. A
chef Eva dos Santos, que já havia assumido o cargo de Chef Executiva
do grupo, segue investindo na formação e aprimoramento das equipes
de cozinha das três embarcações e, em parceria com a nutricionista
do grupo, desenvolvendo novas receitas e opções de pratos.
Enfrentando
a crise
Francisco Urban confessa que em 50 anos de história da marca, essa é
a maior crise enfrentada pelo grupo, que em um mês perdeu 80% do
faturamento. A equipe foi reduzida, mas não na mesma proporção.
“Entramos nessa crise com 150 colaboradores no total e devemos sair
dela com 110. Uma redução de 26% apenas, pois estamos reduzindo
outros custos e absorvendo o maior impacto de toda essa
desaceleração”, adianta.
Uma
das primeiras providências de Urban quando a crise começou foi
montar um Comitê de Crise específico para o tema, com Comunicação,
Segurança Alimentar, Gestão de Pessoas, Financeiro e duas
consultorias externas. “O primeiro cuidado desse comitê foi com o
time. Sempre de forma transparente e responsável, comunicamos aos
nossos colaboradores todas as providências e decisões tomadas para
não gerar pânico e garantir um clima positivo para a continuidade
dos atendimentos por delivery e atendimento no balcão”, explica.
Desde
o início da crise, cada problema está sendo tratado como um projeto
específico pelo comitê, que segue sete passos: mapeamento e
identificação do problema, discussão, diagnóstico, soluções,
plano de ação para implementação das soluções, definição de
indicadores de medicação e avaliação e aprendizagem. “Ao final
dessas etapas, reavaliamos o problema, discutimos novas soluções,
definimos novo plano de ação e, assim, vamos enfrentando o problema
e minimizando seus impactos sobre as operações”, ensina Urban.
O
empresário afirma que sairá dessa crise melhor do que entrou nela.
“Acredito que todas as pessoas estão aprendendo com essa crise”,
afirma. Um dos seus maiores aprendizados foi o de precisar analisar o
cenário em profundidade, mas de forma rápida. “Especialmente no
nosso ramo de atividades, que trabalha com insumos perecíveis, é
preciso agilidade na tomada de decisões”, completa. Por isso,
Urban não demorou a decidir pelo encerramento do Bistrô do Victor
para estar pronto para a retomada da economia. E ele tem a esperança
que essa retomada seja iniciada no próximo mês de maio. “Estamos
prontos para isso”, finaliza. - Foto divulgação.
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