Considerado
o maior produtor e exportador de café do globo, o Brasil é o
segundo país do mundo no consumo da bebida, atrás apenas dos
Estados Unidos. Com a alta demanda, um novo modelo de cafeteria, o de
café “to go”, ganhou força na cidade de Curitiba e está se
espalhando por todo o país. A rede Mais1 Coffee To Go, grande
fenômeno e referência do segmento, nasceu na capital paranaense, em
dezembro de 2019, e já conta com 60 franquias cadastradas na
Associação Brasileira de Franchising, das quais 5 já estão em
funcionamento no Paraná e em Santa Catarina. As outras 55 unidades
já comercializadas devem ser inauguradas nos próximos meses, nas
cinco regiões do país.
A
projeção da companhia, considerada a maior rede de cafés “to go”
do Brasil, é vender outras 55 unidades ainda em 2020, chegando a 100
lojas em todo o território nacional, atingindo um faturamento de R$
30 milhões até o final do ano. De acordo com o sócio-fundador e
diretor de marketing do Mais1 Coffee To Go, Gare Marques, ao
contrário de outras empresas, o modelo de negócio da empresa surgiu
para ser franqueado e não conta com lojas próprias. “É bem
diferente de quem fez um estabelecimento funcionar e gostaria de
replicar. Às vezes, funciona para ele, mas não para os demais”,
destaca.
Essa
expansão audaciosa planejada ainda em 2020 se baseia em quatro
aspectos: a praticidade do formato, com lojas entre 12 e 20 m2;
um plano de negócio voltado para o franqueado; a possibilidade de
administrar o negócio de forma simples, mesclando com um outro
emprego ou empreendimento; e a queda da taxa básica de juros, que
fez com que muitos brasileiros buscassem investimentos fora do
mercado financeiro.
“Nosso
projeto encanta pela tendência de praticidade. Além disso, foi
desenhado para o franqueado, de modo a simplificar a forma de operar,
retirando o pagamento em dinheiro, automatizando tudo e limitando o
número de funcionários em um espaço enxuto. Dessa forma, o
franqueado não precisa sair da sua profissão, tendo um segundo
negócio”, explica Marques, também sócio da PDMG, empresa que
administra as franquias Sniper Airsoft, The Door Burguer e Novo de
novo, ao lado de Alan Parise, Hilston Guerin e Vinicius Delatorre.
Conforme
Marques, a pandemia não afeta as estratégias da empresa no longo
prazo. “Prejudica momentaneamente, mas a longo prazo vai ser algo
positivo, porque conscientizou as pessoas a consumir no formato To
Go, sem a necessidade de se aglomerar”, ressalta Alan Parise.
Formato
do negócio
Com
investimento inferior a R$ 100 mil e um mês para implantação, o
franqueado recebe o suporte na área comercial, nos treinamentos, no
controle, na engenharia e arquitetura do ponto comercial, no
marketing. “Nossa estimativa é que o payback esteja em torno de 15
meses. A expectativa é de que cada unidade fature em torno de R$ 30
mil ao mês, com margem de lucro que varia de 15% a 20% para o
franqueado”, ressalta Vinicius Delatorre.
Com
cardápio enxuto – cinco opções de drinks frios com café, três
de drinks quentes, duas bebidas quentes sem café e três cafés
quentes, além de uma pequena variedade de salgados, doces e cafés
moídos –, a empresa selecionou um café produzido na região da
Alta Mogiana, em Minas Gerais, com processo de secagem natural, notas
de chocolate, encorpado e levemente cítrico. O café utilizado pela
rede é produzido pela Fazenda Pai e Filho, ganhadora do prêmio de
melhor café do Brasil em 2019. - Fotos Lucas Aob
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